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mar-2014
Nasepotiti significa “morcego queimado”, comer morcegos era um costume antigo por parte dos índios Panará. Hoje os morcegos voam soltos pela aldeia e ninguém mais se incomoda em caçá-los, preferem outras caças como o peixe, a arraia, a moréia, a anta, o macaco preto, macaco prego, o jacaré, jabuti entre outros. A aldeia está localizada […]

mar-2014
Nosso primeiro paradeiro: comunidade Alto Santa Maria. Essa é uma comunidade de pomeranos instalada nas encostas da serra do município de Santa Maria de Jetibá no Estado do Espírito Santo. Aqui vivem aproximadamente 1500 pessoas e pela estimativa quase 90% são de pomeranos, que seguem fortemente suas raízes. Com a Pomerânia passando por muitas dificuldades, […]

mar-2014
Dados linguísticos e etno-históricos recentes mostram que os Panará do Peixoto Azevedo/ cabeceiras do Iriri são os últimos descendentes de um grupo bem maior e mais conhecido como Caiapó do sul, que ocupava a região entre o norte de São Paulo, sul de Goiás, leste de Mato Grosso, sudoeste de Mato Grosso do Sul e […]

mar-2014
Há dias que não se fala em outra coisa a não ser no desfile de 7 de Setembro. As escolas estavam em intensas preparações que mal cabiam aulas nesses últimos dias. Ensaios, marchas, confecção de bandeiras, faixas, adereços fizeram a rotina de Acupe. Quando chamávamos a meninada para brincar na rua ouvimos por vezes “não […]

mar-2014
Os Panará contam que antigamente os bichos também eram gente. Assim como os humanos, os bichos também faziam aldeias, festas, caçadas. Os panará aprenderam com os bichos muitas coisas, como a plantar milho com o rato e o amendoim com a cotia. Antes da colheita do amendoim, os panará ainda hoje fazem a festa como […]

mar-2014
Como as crianças aprendem uma tradição? Como seguem o ritmo da vida e da cultura de um povo? Normalmente, fazem juntos com quem sabe, aprendem fazendo, criando laços com o fazer enquanto estão fazendo. Um exemplo disso presenciamos em como as crianças em Santa Maria de Jetibá aprendem a tocar concertina. A Equipe do Projeto […]

mar-2014
Anualmente a cidade de Santa Maria de Jetibá organiza a sua tradicional Festa Pomerana. Em um município onde 88% da população é de pomeranos e ouve-se pela rua a língua sendo conversada entre adultos e crianças, em que o comércio contrata preferencialmente aqueles que falam fluentemente o pomerano já que vários idosos mal falam o […]

mar-2014
Hoje fomos conhecer o grupo de Samba de Roda Mirim de Saubara, uma cidade vizinha de Acupe. Dona Anna é sambadeira das antigas. Rodou sua saia e sua voz entre o que há de melhor no samba de roda do Recôncavo Baiano. Hoje seu corpo pede quietude e remédios caros para se reerguer de um […]

mar-2014
Ô Cosme cadê Damião? Ô Cosme cadê Damião? Tá em casa fazendo a oração. Cadê ele? Tá em casa fazendo a oração. Cadê ele? Em casa fazendo a oração. São sete crianças, sete cantigas e uma diversidade de tipos de comidas servidos em cada prato, sob uma toalha estampada, disposta no chão. É setembro, é […]

mar-2014
Quem foi que disse Que janeiro não saía Boi Janeiro está na rua Com prazer e alegria Lá vem o sol Lá vem a lua, Lá vem meu Boi Janeiro Passeando pela rua A música começa e os meninos vestem o chinelo e mal têm tempo de avisar a mãe aonde vão. Não podem perder […]

mar-2014
Aqui no Maranhão recebemos a visita de nossa amiga e pesquisadora de Bumba meu Boi, a Prof. Dra. Soraia Chung Saura, que nos presenteou com lindos relatos desse encontro. Creio que não nos recuperamos por inteiro do São João e do São Pedro, quando nos decidimos a ir ver as comemorações de São Marçal, em […]

mar-2014
Recebemos aqui no Maranhão a visita de nossa amiga e pesquisadora de Bumba meu Boi, a Prof. Dra. Soraia Chung Saura, que nos presenteou com lindos relatos desse encontro: No dia 28 por fim, preparamo-nos para acompanhar o “São Pedro”, assim é nomeada esta outra festa. Agora os grupos não se dividem em arraiais pela […]

mar-2014
Aqui no Maranhão recebemos a visita de nossa amiga e pesquisadora da brincadeira de Bumba meu Boi, a Prof. Dra. Soraia Chung Saura, que nos presenteou com lindos relatos desse encontro. “Admira primeiro, depois compreenderás.” Gaston Bachelard A família aventura-se agora no Maranhão, chegando antes do início dos festejos juninos. Dessa vez estabelecem-se na cidade […]

mar-2014
Ansiosos, gestos rápidos e falas curtas, os meninos insistem em nos levar ao mangue para armar ratoeira e pegar gaiamum (uma espécie de caranguejo). É de manhã, quarta-feira, o almoço e a escola chegarão em breve, mas não há argumento que os convença de que aquele não é um momento adequado. O combinado é ser […]

mar-2014
Na ida, todos com passos acelerados mato a dentro com a energia da expectativa de ter ou não algo dentro da arapuca armada há dias. Expectativa também se a arapuca estará lá ou se foi roubada por alguém, e a levaram com pássaro junto, enfim, ansiedade da espera, da surpresa. Confirmada a caça, os meninos […]

mar-2014
Caçar é coisa de menino grande? Neto tem 2 anos, penúltimo filho de nove irmãos, menino atento e de esperteza voraz. Acompanhando as gravações que fazíamos com suas irmãs mais velhas, lá veio ele me puxando pela roupa e me convidando a olhar em volta. Mais preocupada com a cena das meninas pedi que esperasse […]

mar-2014
A casa era longe, de difícil acesso, inúmeras porteiras para serem abertas e um bocado de bifurcações para adivinhar qual pegar. Não fosse ter ido um dia antes não teríamos chegado. Não avisamos que iríamos, chegamos de surpresa, precisávamos pegar autorização de imagem e convidá-los para assistir filmes no próximo dia. Visita inesperada, todos ocupados […]

mar-2014
Na praia de Oiteiros, litoral oeste do Maranhão, uma Amazônia costeira ainda conserva alguns de seus traços. Tanto na flora e sua generosidade de espécies dos alagados e baixios, quanto nos hábitos do povo, no tempo lento que esgueira-se preguiçoso por entre as horas quentes. Também na manufatura diária e calma dos fazedores de cofos, […]

mar-2014
A zoada se ouve de longe, se ouve há tempos distantes. Carro bom tem que zoar, tem que se fazer ouvir. Há várias gerações a região de Cururupu é marcada pela força desses carros feitos de madeira e ferro, puxados pela tração de dois bois. Cheda, canga, paré, rodeiro, canzil, taca, cébria e mais um […]

mar-2014
Há dias que os meninos de Tatajuba vinham nos contando sobre as arminhas de palha de coqueiro. Já conheci um arsenal de armas infantis, mas feito de palha de coqueiro, essa era novidade para nós. A arma atira alguma coisa? Eu achava que sim. Não, ela não atira nada, mas lança o menino na vivência […]

mar-2014
Mar pede navegar, pede flutuar com velas aprumadas com o vento, pede precisão de meninos certeiros no corte do isopor ao construir suas canoas. Aqui em Tatajuba estamos aprendendo sobre a natureza do brincar líquido. Estamos percebendo o quanto um bom capitão de canoas de isopor precisa conhecer os movimentos do ar mais até mais […]

mar-2014
Rebeca é menina matreira, está sempre com a resposta certa na ponta da língua. Além das respostas, a língua é sempre certeira no momento de suas costuras, um hábito diário para essa menina de 7 anos. Quando costura, usa o corpo inteiro, da língua aos pés, mergulha no gesto da vontade, e sai de lá […]

mar-2014
Assim que terminou o jogo de “china” (bolinha de gude) perguntei para os meninos porque será que os adultos, hoje em dia, insistem em dizer que criança não sabe mais brincar e que jogos como este não existe mais. “É porque esses adultos não vêm aqui ver” me respondeu um dos garotos. É verdade, tive […]

mar-2014
Abadia é terra de benzedeiras, parteiras e de ervas que superam a eficácia dos comprimidos, segundo seus moradores. Terra onde romeiros vem de longe para cultuar a imagem de Nossa Senhora de Abadia e onde as bonecas são batizadas, assim como cada criança. “Todo mundo merece ser batizado” disse uma das meninas. Se é assim, […]