mar-2014
Meninos caçadores (Parte II)
Na ida, todos com passos acelerados mato a dentro com a energia da expectativa de ter ou não algo dentro da arapuca armada há dias. Expectativa também se a arapuca estará lá ou se foi roubada por alguém, e a levaram com pássaro junto, enfim, ansiedade da espera, da surpresa.
Confirmada a caça, os meninos confessam que muitos pássaros são levados para casa, criados em gaiolas ou comidos, dependendo da qualidade da ave.
Dessa vez o pássaro voltou a seu habitat, liberado com gosto pelos meninos, que lá deixaram mais uma arapuca armada para outro dia.
Serão esses meninos os caçadores ou eles próprios a caça, caçados pela força imagética do voo, ou como diz o nosso amigo Gandhy Piorsky, pelas “prodigiosas insinuações de se elevar”? Quem caça quem aqui?
O caminho da volta foi com outra energia, estavam tão leves que davam saltos e piruetas pelos morros feito pássaros livres, pularam na água, comeram nicuri verde e fizeram um espetáculo incrível de assobios que imitam os mais variados pássaros.
Tudo aconteceu como deveria ser mesmo.
Texto e fotos: Renata Meirelles
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