jun-2016
É necessário acabar com essa ideia de que a infância se perdeu
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“O brincar é o aqui e agora, é quando você está sendo você na sua essência”. É nisso que acredita a documentarista Renata Meirelles, uma pesquisadora que viaja os quatro cantos do Brasil para conhecer, por meio das brincadeiras infantis, diferentes aspectos da nossa cultura. Junto do marido, o documentarista americano David Reeks, Renata criou grandes projetos voltados para esse tema.
O primeiro deles foi o BIRA – Brincadeiras Infantis da Região Amazônica, lançado em 2001. O casal visitou 16 comunidades indígenas e ribeirinhas do Amapá, do Pará, do Amazonas, do Acre e de Roraima, onde conheceu brinquedos pra lá de criativos: o pião de tucumã (uma semente dura e resistente), o bole bole (brincadeira que usa 20 pedrinhas) e a espingardinha de taboca, feita com um tipo de bambu e espinhos e que é utilizada para caçar formigas. A partir das imagens registradas nessas viagens, foram produzidos diversos filmes de curta-metragem, premiados em festivais de cinema. Outro fruto desse trabalho foi o livro Giramundo, vencedor do Prêmio Jabuti.
Em abril 2012, surgiu uma nova empreitada: junto do marido e dos dois filhos, Renata percorreu o Brasil e visitou comunidades rurais, indígenas, quilombolas, grandes cidades, sertão e litoral. A ideia era mostrar o país por meio dos olhos das crianças e registrar as sutilezas da espontaneidade do brincar. Dessa viagem – que durou até dezembro de 2013 – nasceu o Território do Brincar, feito em parceria com o Instituto Alana. O projeto se desdobrou no documentário que leva o mesmo nome (e que estreou em maio de 2015) e, em breve, vai dar origem a um longa-metragem, dois livros e duas séries infantis para a televisão.
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