• pt-br

12
dez-2016

Mais do que brincadeira: Esporte deve ser divertido para crianças pequenas

A MATÉRIA PODE SER LIDA NO PORTAL GLOBO OU A SEGUIR:

Mais do que brincadeira: esporte deve ser divertido para crianças pequenas

 Desde os primeiros movimento até o início da profissionalização esportiva, a criança passa por diferentes fases que devem ser respeitadas pelo vem de sua formação.

A criança começa a se movimentar sozinha a partir do momento em que sai da barriga da mãe. Rolar no berço, sustentar a cabeça, chutar, agitar os braços, engatinhar, estas ações geram um gasto de energia maior do que quando em repouso. Portanto, todas elas são consideradas atividade física.

As brincadeiras assumem esta função assim que os pequenos ficam um pouco mais velhos. Pular, correr, frequentar o parquinho e interagir com outras crianças são hábitos essenciais para a saúde infantil. Além de se manterem ativos, eles desenvolvem valores importantes para toda a vida.

– O brincar é linguagem da criança, o brincar é a sua expressão, é como você se mostra a si mesmo e ao mundo. É o que as crianças precisam fazer, principalmente quando estão na primeira infância, isso significa liberdade. Quando você brinca, você brinca, por exemplo, com coragem, brinca com desafios, coisas que a gente carrega a vida inteira. Brincar tem muita força, muito poder, por isso a gente não pode abafar – ensina a coordenadora do projeto “Território do Brincar”, Renata Meirelles.

EuAtleta - crianças brincando parque (Foto: Getty Images)
As brincadeiras são uma forma de se expressar, por isso devem ser incentivadas (Foto: Getty Images)

– O processo de adquirir habilidade para controlar o corpo é fundamental. A brincadeira ajuda a criança a desenvolver uma percepção corporal que vai ser usada em várias situações. Correr, explorar e pular são coisas fundamentais para a percepção corporal. Para criança que vive em um ambiente urbano, um dos maiores problemas é o sedentarismo – alerta a especialista em desenvolvimento infantil Anna Chiesa.

Com o passar dos anos, a prática de exercícios físicos passa ser responsável por manter a criança ativa. Neste momento, o importante é desenvolver as habilidades motoras sem o intuito de competição. Por este motivo, a atividade ainda não é considerada um esporte. Os pais devem incentivar os pequenos a experimentarem diferentes modalidades, mas são os filhos que devem escolher quais desejam fazer.

– Até os seis anos de idade, é interessante colocar a criança para conhecer uma série de atividades recreativas. Se ela for seguir em algum esporte, essa construção fundamental já foi garantida pela recreação – orienta Anna.

– Quanto mais experiências esportivas as crianças tiverem, maior vai ser esse vocabulário corporal e mais facilidade elas vão ter pra fazer qualquer outra modalidade que elas queiram praticar mais pra frente. Eu aconselho os pais a respeitarem o desejo das crianças por fazerem o que gostam e estimulá-los a experimentar coisas novas. Quando a gente pensa em alfabetização, a gente pensa em um repertório bem amplo, para que depois eu possa me aprofundar em um conhecimento, em um aprendizado esportivo no futuro – aconselha Paula Korsakas, coordenadora de esporte infantil da USP.

Criança natação euatleta (Foto: Getty Images)
No início da infância, as aulas devem ser lúdicas e sem estimulo à competições (Foto: Getty Images)

O conceito de esporte como algo que estimula a competitividade – seja com um adversário ou consigo mesmo – deve ser introduzido no fim da infância. Ainda assim, os pais precisam se conscientizar de que não devem pressionar os pequenos com cobranças por um bom desempenho.

A infância não é o momento de formar campeões. Nesta etapa, o principal é se preocupar com a formação em torno da atividade física, educar a criança a ser fisicamente ativa, porque desta forma ela se tornará um adulto mais saudável.

– No começo, a competição deve ser encarada como um meio e não como uma finalidade, ela deve ser vista como um mecanismo do treinamento. À medida que a criança vai chegando nos momentos finais da adolescência, a competição começa a ter um caráter de alto rendimento, no sentido de prepará-la pra a transição para categorias adultas – explica Marcelo Massa, especialista em esporte de alto rendimento.

– Quanto mais experiências positivas a gente tem com o esporte, maior a nossa ligação com ele e maior a chance de carregarmos o seu valor para o resto de nossa vida. Quanto mais experiências esportivas na infância, maior a chance de a criança se tornar um adulto ativo, que tem uma relação bacana com o exercício físico e ciente de sua importância para a qualidade de vida – observa Paula.

 likes
Share this post:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Archives

> <
Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec
Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec
Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec
Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec
Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec
Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec