mar-2014
Pista de Tampinhas
Localidade: Acupe – BA
Ninguém marcou hora, combinou nada ou tampouco planejou o que iria fazer. A brincadeira surgiu do encontro desses meninos de idades diferentes e desejos iguais.
O Vitor se encarregou de buscar os pauzinhos e o Luiz Fernando trouxe o caco de telha, riscaram o chão e a pista ficou pronta em menos de três minutos, já com os carrinhos (tampinhas de garrafa) a postos para a partida.
Jogadores e espectadores ficam atentos ao mínimo deslize de quem está jogando. As regras são claras e não há tolerância alguma ao mínimo erro cometido.
Dentre as manobras há uma em que é permitido ao jogador recolocar a tampinha em melhor posição de lançamento, porém, na condição de que se diga: “Com licença!”. Mesmo sem que ninguém responda a essa permissão, o jogador não pode fazer esse gesto sem esse pedido.
As regras são simples:
– Desenham no chão uma pista com curvas, retas e pontes aleatoriamente. Cada dia a pista muda de desenho, segue novos caminhos. O desenho pode variar, mas as regras não variam.
– Cada jogador tem o direito de dar três petelecadas por jogada.
– Ao cair nos espaços marcados por um quadrado com um “X” dentro (“bombas”) o jogador deve retornar ao início da pista. Esses espaços também são desenhados aleatoriamente.
– Caso a tampinha saia das dimensões da pista, o jogador também deve voltar para o início.
– Deve-se desenhar também um quadrado com o número 10 dentro. Ao cair nesse quadrado, o jogador ganha 10 vidas, ou seja, terá o direito a dar 10 petelecadas. Além disso, caso o jogador erre enquanto estiver usando suas 10 chances, não precisará retornar ao início da pista e sim ao quadrado com o número 10.
– Os obstáculos que devem ser evitados durante o percurso são: bombas – quadrado com um “X” dentro, buraco negro – um furo no chão e sair dos limites da pista. Cair nesse obstáculos significa voltar ao início do jogo.
– Além desses obstáculos, há também rampas – monte de areia elevada que dificulta a jogada e curvas acentuadas.
– O vencedor é aquele que chegar primeiro ao término da pista batendo sua tampinha na telha.
Textos e fotos: Renata Meirelles
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